MINHAS INSPIRAÇÕES
Pouco mais tarde, impressionada por todas estas experiências, fui trabalhar numa casa de família em Poconé, a cidade vizinha à nosso povoado. Meu emprego seguinte, já em Cuiabá, foi em uma marmitaria. Eu começava a me profissionalizar, sem me dar conta.
Certo dia, recebi um convite para trabalhar em São Paulo como cozinheira particular. Conheci uma empresária amante da boa mesa. Ela me convidou a ser sua cozinheira na casa que mantinha no condomínio de Laranjeiras, em Paraty. Falávamos sobre comida e trocávamos receitas o tempo todo. Ela me trazia revistas e recortes de suas viagens ao redor do mundo, traduzia receitas, pedia para que eu reproduzisse um prato que comera em um dos restaurantes estrelados que frequentava. Fazíamos cardápios para banquetes semanais. Me lembro que, para tais festas, descia até a praia e comprava belos e frescos peixes trazidos pelos pescadores da região.